Metade dos portugueses obesos em 2025. A obesidade é classificada como a "epidemia do século XXI" pela OMS e atinge países ricos e pobres.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um bilião de pessoas em todo o mundo tenha excesso de peso e que destes 300 milhões sejam obesos. A doença coexiste em países em que a subnutrição é a regra, ao contrário da ideia comum que entende a obesidade como doença dos países ricos. No entanto, a mudança de comportamentos e os novos hábitos alimentares nos países desenvolvidos são tidas como causas do forte aumento de casos de doença.
O mesmo estudo da OMS diz que a obesidade ocupa 2 a 6% dos encargos com a saúde em vários países desenvolvidos. Estes números não mostram, contudo, a verdadeira dimensão do problema, visto que à obesidade estão associadas uma série de doenças e outros problemas de saúde: diabetes, dificuldades de respiração, doenças do coração, infertilidade, hipertensão, depressão, entre outros.
Só na Europa, as doenças relacionadas com a obesidade provocam a morte de 320 mil pessoas por ano.
O que é a obesidade?
A obesidade é considerada uma doença crónica pela OMS e resulta do armazenamento excessivo de gordura. É o resultado da interacção entre factores genéticos, bioquímicos, hormonais, culturais e comportamentais.
Doença complexa, a obesidade é uma condição com várias dimensões, sociais e psicológicas, afectando em potência pessoas de todas as idades e grupos socioeconómicos.
A obesidade é avaliada através do Índice de Massa Corporal (IMC). O IMC é o resultado da divisão do peso em quilos pelo quadrado da altura em metros (kg/m2). Um IMC acima dos 25 kg/m2 revela excesso de peso, enquanto que acima dos 30 kg/m2 já se enquadra na definição de obesidade.
A prevalência no nosso País para a obesidade é estimada em 13% para o sexo masculino e 15% para o sexo feminino. A Direcção-Geral da Saúde estima que, se nada se fizer para prevenir a obesidade, cerca de 50% da população portuguesa poderá ser obesa em 2025.