Porque não ajudar?

Torna-se cada vez mais importante, no contexto actual, a existência de verbas para que um atleta possa competir internacionalmente. Hoje em dia, é vulgar a participação de Portugueses nas provas da Golden League e demais competições internacionais. O problema é que tal participação está limitada á capacidade financeira de cada atleta e/ou clube.

Com a “abertura das portas”, por parte da Federação, para que os competidores possam competir internacionalmente nestas provas, surgiu um novo problema. Como arranjar fundos para financiar estas deslocações, inteiramente pagas pelos atletas que se deslocam às mesmas?! É óbvio que a Federação não pode suportar as despesas destas deslocações, pelo número de atletas e porque a participação é aberta a todos os que quiseres participar. Torna-se então imperativo arranjar verbas, apoios, ou seja, financiamento, para poder competir.

A verdade é que tal é extremamente difícil, não só pela conjuntura económico-social que vivemos, mas também porque este país só “ vê a bola “. Não é apenas o Karate que tem dificuldade em arranjar patrocínios. O que nos intriga é ver o futebol, seja na sua modalidade de 11 ou futsal, tem sempre apoios, mesmo quando a representação do clube não passa do bairro ou do concelho.
É incrível que atletas que vão representar o país além fronteiras e queiram andar na “alta roda” internacional, não consigam esse apoio, apoio que é dado sem pestanejar a qualquer clube de futebol. Enfim, é a realidade que temos, é indiscutível que é impossível a comparação entre a realidade do Karate com a do Futebol, nem dizemos que o retorno seja o mesmo, mas cá em baixo, nos “clubes de bairro”, não me parece que os “Karateca de Topo” não consiga ombrear pela procura do protagonismo com estes clubes.

É importante que os empresários tenham uma mentalidade mais aberta e sejam corajosos, além do mais, existem incentivos fiscais para quem apoia o desporto. Senão vejam a Lei Mecenato – Decreto-Lei 74/1999, de 16 de Março – I Série.
Resta aos atletas continuarem a tentar e mostrar o seu valor. Não é fácil ombrear, nos Campeonatos do Mundo e da Europa, com atletas que competem sucessivamente no circuito internacional, mas é a realidade que temos. A vontade, espírito e o querer também têm algo a dizer e pode ser por aí que façamos a diferença.

Abraço.
Jorge Machado
Artigos Técnicos
Fonte: www.karatetuga.net

Lei Mecenato - http://mecenato.sapo.pt/Default.aspx?tabid=319

Direção Técnica

César Martins

Licenciado em Educação Física e Desporto, 2006
Especialização em Cinesioterapia, 2006
Personal Trainer, 2007
Treinador nível II, FNKP
4 Dan Shito-Ryu

Marketing e Publicidade

Ângela Martins|Arq.